terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Passeios do verão: Canela e Gramado

Enquanto estávamos hospedados em São Francisco de Paula, tiramos um dia para passear nas vizinhas famosas Canela e Gramado. Já fomos lá uma porção de vezes, quase sempre em visitas de um dia. E sempre vale a pena.

Quando criança eu passei temporadas lá com a família no Grande Hotel de Canela. Tantas que lembro de eu e meus irmãos dizermos que "tínhamos um chalé em Canela". O chalé era do hotel, soube depois. Lembro muito da última vez, foi no distante ano de 1981. Acho que ficamos lá por uns 15 dias. Lembro muito da mesa de sinuca, dos gansos pelo jardim e dos cafés da manhã com um queijo inigualável.

Desta vez entramos por Canela, já que a estrada de São Chico coloca essa cidade em primeiro no trajeto. Largamos o carro em uma rua qualquer e fomos caminhar, olhar vitrines e tirar fotos. Catedral, rua principal e tal. Entramos nas lojas de chocolate e nas lojas de quinquilharias. Depois de uma pequena série de 'testes práticos' decidimos que a melhor combinação de sabor e preço era do chocolate Florybel.

Demos uma olhada no preço do ingresso das principais atrações, em especial a Snowland, que Pedro queria muito ir. Custava uns 120 reais por pessoa, o que colocaria o passeio familiar acima dos 600 reais com o almoço. Achamos caro demais, embora eu tenha a impressão que deve valer a pena pela experiência que se tem lá. Neve, snowboard, etc e tal. Vai ficar para uma outra oportunidade.

Descartamos o 'Mini Mundo' por causa de um chuvisco persistente, e a cascata do Caracol por ter ido lá ano passado. Decidimos visitar o 'Mundo a Vapor'. Há muito tempo eu tinha ido lá e tinha uma memória bem positiva. Continua positivo. Lugar excelente para entreter garotos com pendores para engenharia. Apresenta uma série de maquetes e instalações a vapor, como olaria, fábrica de papel, usina hidrelétrica e tais. Eu gostei, acho que os guris também. Mas é uma visita rápida, toma uma hora, se tanto. O preço é adequado para o que oferece.

Na saída do Mundo a Vapor paramos no 'Super Carros', porque tinha uns carrões estacionados na frente e um 'transformer' enorme em pé na entrada. Os guris quiseram ir ver. Achamos o ingresso muito caro para ver uns poucos carros e ficamos só pela frente mesmo. A toda hora chegam ou saem os carrões, alugados por turistas para dar uma voltinha de poucos quilômetros pela movimentada e cheia de radares estrada de Gramado a Canela.

Daí fomos passear por Gramado, no mesmo esquema. Larga o carro em algum lugar e sai caminhando por tudo. Gramado estava cheia de turistas, como era de se esperar para 31 de dezembro. Ainda dentro do pacote de eventos 'Natal Luz', a cidade estava toda decorada, e em certa hora passou uma espécie de procissão natalina pelas ruas, com artistas fantasiados, bandinha de música e tal. Legalzinho.

Márcia quis dar uma passeada no Lago Negro. Um dos poucos lugares que não se paga para entrar. Demos uma volta inteira pelo lago, tiramos belas fotos e tal. Valeu.

Demos uma sapeada em preços para jantar em Gramado, mas era virada de ano e os restaurantes inventaram que nesse dia assaltar os clientes é plenamente válido. Então os preços por pessoa oscilavam entre 150 e 200 reais. POR PESSOA. Me desculpem os que pensam o contrário, mas eu acho inaceitável, obsceno, indizível (mentalidade de pobre, eu sei, mas eu também sei o quanto me custa ganhar meu dinheiro). Largamos da ideia de jantar por lá, e voltamos para São Chico.

Gramado e Canela, concluindo, são os melhores exemplos que eu conheço de cidades turísticas. Tudo lá parece perfeitamente planejado para encantar o turista e fazer ele gastar de muitas formas, seja em ingressos ou produtos. E gastar com prazer, gostando de fazer isso. É tudo muito bonito e encantador, mas ao final de um dia passeando por lá eu sempre fico com impressão de ambiente artificial. Fico me perguntando onde almoçam os residentes da cidade, o que fazem. Tenho certeza que não é nos restaurantes turísticos, e que também não passeiam pelas atrações conhecidas. Tenho uma impressão de 'Parque da Disney', em que há um palco de atrações e toda uma infraestrutura não visível por onde circulam os empregados. No final das contas eu prefiro cidadezinhas como São Chico, em que você topa com moradores pelas padarias e cafés, conversa com os atendentes, sente cheiro de 'vida real'. Gramado e Canela ficam sempre para essas rápidas visitas de um dia ou dois.

Fotos do passeio:











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