terça-feira, 19 de dezembro de 2017

4a Viagem Vitória a Porto Alegre - Pré história da viagem

Cada viagem tem sua história. E sua pré-história também. Aquele tempo que a antecede, onde a ansiedade e o medo se misturam com a expectativa e o planejamento.

Estou a poucos dias de mais uma grande viagem de moto a Porto Alegre. Será a 4a viagem com Vitória como origem e Porto Alegre como destino. Isso a torna igual às outras? Não mesmo.

Dessa vez meu filho Marcelo vai junto. Mesmo isso não é novidade, pois ele já voltou comigo dois anos atrás, Bom, dessa vez vai e volta. E a novidade mesmo é que vamos compartilhar a pilotagem - a cada parada troca o piloto. Então essa viagem já é uma experiência única só por isso.

Outra coisa que torna essa viagem diferente é que ainda não planejei nada do roteiro. Eu normalmente fico "namorando" estradas antes da viagem acontecer, escolhendo o caminho no mapa, calculando tempos e distâncias. Mas desta vez, a três ou quatro dias da viagem eu ainda não sei por quais estradas vamos passar. Vamos direto, por grandes estradas, ou vamos por dentro, passando por estradinhas pitorescas? Realmente não sei. Só sei que temos quatro dias para chegar lá sem stress. E isso é tempo mais que suficiente, na verdade indo direto dá para fazer em três.

Que tal pegar aquela estrada passando por Nova Friburgo, Teresópolis e Miguel Pereira? É uma estrada bem legal de pilotar depois do trevo de Itaocara. Bom asfalto, boas curvas, paisagens interessantes, clima de serra. Mas tem também a BR393, saindo ali por Apiacá e passando por Itaperuna, Pádua, Além Paraíba e Vassouras. Essa estrada é mais curta, bem mais quente e menos atrativa visualmente. Mas não chega a ser desagradável. Tem a velha 101 como opção, seja passando pelo Rio de Janeiro ou atalhando pelo Arco Metropolitano. Rápida e segura, é a melhor opção se estiver chovendo. No trecho carioca tá toda duplicada, o que torna o trajeto mais rápido, confortável e seguro. Só que já é mais que conhecida, perdi a conta de quantas vezes já passei nela de carro ou moto. E pra fechar a lista, ainda teria a duplinha BR-116 e 267 lá em MG, pegando em Muriaé e descendo até a Fernão Dias. Eu e Marcelo fizemos essa no sentido contrário no retorno juntos. Só que debaixo de muita chuva, o que não é o melhor para ter uma boa lembrança. Mas certamente não era uma estrada ruim. Tranquila, certamente.

No trecho seguinte, eu penso em pegar a Estrada dos Romeiros, de São Paulo a Itu passando por Santana do Parnaíba. Essa é novidade, nunca peguei. Vai margeando o Rio Tietê, e dizem ter montes de curvas legais. É passeio da motoqueirada paulista. Mais abaixo tem as opções já conhecidas - estrada da Cabeça da Anta, Serra da Macaca ou Rastro da Serpente. A Rastro eu já fiz duas vezes. A Macaca já fiz descendo. A Cabeça de Anta só subi, mas foi exatamente na vagem com Marcelo. Bom, podemos pegar uma dessas na ida e outra na volta. Não sei quais.

De Curitiba abaixo tem a descida da Serra da Graciosa, mas fiquei meio cabreiro depois que nas duas últimas vezes peguei chuva, e na última, chuva pesada. Foi bem desagradável e perigoso. Tem a estrada que desce para Joinville, duplicadona mas cheia de radares. Tem o trajeto por São Bento do Sul e a descida da Serra de Dona Francisca, chegando em Joinville também. E tem ainda a possibilidade de descer de Curitiba pela BR-116 direto. Ou descer ela até um ponto que pegue a BR-282 descendo para o litoral. Não sei se essa opção vale a pena. Certamente é bem estúpido entrar de Lages para o litoral, vai aumentar para caramba o caminho sem benefício algum.

Uma opção seria descer pela Dona Francisca e subir a BR-282 até Lages, para daí ir até Porto Alegre pela serra. A descida da BR-116 eu nunca fiz. Já subi ela duas ou três vezes, mas nunca desci. Acho ela uma estrada bem mais legal que ir pelo litoral. Mas no litoral tenho opções de parada em Tijucas, Garopaba, Jaguaruna e Araranguá, visitando amigos.

Muitas dúvidas. Preciso abrir um mapa numa mesa e ir escolhendo tudo isso com meu co-piloto Marcelo.

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