Este ano, assim como no ano passado, vou viajar de Vitória a Porto Alegre sozinho de moto. Meu pai e irmãos moram lá, e eu sempre passo o natal com eles. Usualmente vou de avião com a esposa e os filhos, mas eles preferiram passar o natal com os pais dela, em São Mateus/ES. Sem stress, cada um passa o natal com sua família e nos encontramos dia 27/dez em Porto Alegre.
Hoje terminei de montar meu roteiro, que visto no mapa parece coisa de bêbado. A proposta é de uma viagem de passeio, em que chegar é apenas um detalhe. O importante é curtir o caminho, passando por belas estradas, preferencialmente cheias de curvas, e se possível, que eu ainda não conheça. Como já fiz esse trajeto duas outras vezes de moto e incontáveis vezes de carro, começam a ficar raros os trechos desconhecidos. Mas sempre tem. Peguei dicas em blogs de motoviajantes, com amigos e parceiros do grupo VMAS (Viagem de Moto América do Sul) no Facebook.
Pretendo levar 5 dias viajando. No máximo uns 700 km em cada dia, em geral um pouco menos. Parando em cidades em que tenho amigos ou parentes, para 'filar' uma hospedagem e garantir um bom papo no descanso!
Dia 1 - Vitória/ES ao Rio de Janeiro/RJ
Neste trecho vou aproveitar para passar de novo em uma estrada que passei no ano passado e gostei bastante - de São Fidélis a Teresópolis. É uma estrada cheia de curvas, com asfalto em bom estado, e cheia das belas paisagens da serra fluminense. Vou adicionar neste ano o trecho entre Teresópolis e Guapimirim, que é um dos mais belos, com uma vista da Serra dos Órgãos espetacular.
Roteiro: https://goo.gl/maps/AmxhrB7Q2ok
Dia 2 - Rio de Janeiro/RJ a Campinas/SP
Esse trecho é um dos que fica mais divertido olhando no mapa, porque se a pessoa pensa em chegar ao destino não faz muito sentido o desvio que inventei. Mas meu propósito é passear, fazer curvas, ver belas paisagens e tirar fotos. Então, coloquei no trajeto duas lindas estradas de serra por onde nunca passei - a descida de Guaratinguetá a Paraty passando por Cunha, e a subida de Ubatuba a Taubaté. Pelo que li por aí, são sensacionais.
Roteiro: https://goo.gl/maps/yGLvDBTd1Bo
Dia 3 - Campinas/SP a Joinville/SC
Neste dia, mais uma estrada de serra que nunca passei - a Serra da Macaca, no sul de São Paulo. Uma estrada que atravessa um Parque Estadual, com muita floresta atlântica. E depois, para fechar bem, uma estrada de serra que já passei mas não de moto - a descida da Estrada da Graciosa, no Paraná. Ano passado estava chovendo, só fiz uma parte. Neste ano quem sabe dou a sorte de ter tempo seco e consigo percorrer toda.
Roteiro: https://goo.gl/maps/cbtHn5MCP492
Dia 4 - Joinville/SC a Jaguaruna/SC
Mais um dia com algumas estradas novas para o currículo e uma outra conhecida mas sempre deliciosa. Para evitar a BR-101 norte em SC, super conhecida e sem graça nenhuma, vou enveredar por Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque. Daí volto para a BR 101 só para pegar a BR 282 desde o início, em Palhoça. Essa estrada já está na minha lista faz tempo, e me falaram maravilhas dela. Curvas e mais curvas em bom asfalto. Subo ela até Bom Retiro. Daí parto por dentro para Urubici, e desta vou novamente para a deliciosa e inesquecível Serra do Rio do Rastro. Desço a serra para Tubarão e daí para Jaguaruna para encontrar os amigos Leandro e Andréia.
Roteiro: https://goo.gl/maps/LFDB8QxuMG32
Dia 5 - Jaguaruna/SC a Porto Alegre/RS
Poderia ser um trecho simpes de BR101, completamente sem graça. Mas sempre dá para colocar uma estradinha interessante no caminho. Neste caso, será a subida da Rota do Sol, desde Terra da Areia até Gramado e Canela. Mais curvas e alguns túneis para divertir um motociclista. De Gramado desço pela linda BR-116 para encerrar a viagem em Porto Alegre.
Roteiro: https://goo.gl/maps/y3PDCNP8GvB2
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Pare para tirar fotos
Eu já fiz muitas viagens e passeios de moto, passando por muitos lugares legais e paisagens bonitas. Mas ao fazer esse blog me saltou aos olhos como tenho poucas fotos desses passeios. De vários deles não tenho foto alguma. De alguns dos mais legais não ficou registro algum além da memória.
E sabe por que? Porque eu estava acompanhado ou em grupo, e não quis parar e atrasar o colega ou o grupo "só para tirar uma foto".
Quase a totalidade das fotos de estrada que eu tenho, de belas paisagens que se vê pelos caminhos, são de viagens que fiz sozinho. Nessas, paro toda hora que aparece uma cena digna de registro e tiro as fotos. Claro que é trabalhoso - tem que parar, tirar as luvas, pegar o celular, tirar a foto, guardar o celular de volta, colocar novamente as luvas e voltar para a estrada. Claro que se perde tempo de viagem, perde ritmo, perde quilometragem no dia. Mas olha, vendo aqui meu álbum de fotos de viagens, e pensando em quantas mais estão faltando ali de vezes que não parei, digo com toda certeza: valeu a pena cada parada para foto.
Hoje eu posso olhar a foto aí abaixo e lembrar dessa estradinha que vem lá desde Volta Redonda até o Apiacá, no ES. Foi no retorno da viagem a Porto Alegre de julho de 2015.
E sabe por que? Porque eu estava acompanhado ou em grupo, e não quis parar e atrasar o colega ou o grupo "só para tirar uma foto".
Quase a totalidade das fotos de estrada que eu tenho, de belas paisagens que se vê pelos caminhos, são de viagens que fiz sozinho. Nessas, paro toda hora que aparece uma cena digna de registro e tiro as fotos. Claro que é trabalhoso - tem que parar, tirar as luvas, pegar o celular, tirar a foto, guardar o celular de volta, colocar novamente as luvas e voltar para a estrada. Claro que se perde tempo de viagem, perde ritmo, perde quilometragem no dia. Mas olha, vendo aqui meu álbum de fotos de viagens, e pensando em quantas mais estão faltando ali de vezes que não parei, digo com toda certeza: valeu a pena cada parada para foto.
Hoje eu posso olhar a foto aí abaixo e lembrar dessa estradinha que vem lá desde Volta Redonda até o Apiacá, no ES. Foi no retorno da viagem a Porto Alegre de julho de 2015.
Ou essa, de janeiro de 2016, que me traz de volta a deliciosa viagem de retorno do sul com meu filho na garupa.
Mas não tenho nenhuma foto para lembrar muitas outras viagens homéricas, como uma ida para o Encontro de Tiradentes de 2013 com amigos de Vitória e Vila Velha, ou um passeio de m@dianos ao Colégio do Caraça que terminou em muita chuva lá nos idos de 2004.
Então, minha dica é - avise os parceiros antes de sair que você vai parar para tirar fotos pela estrada. E realmente faça isso. O registro vai ser valioso até pra eles, pode crer.
Roteiro 20 - Farroupilha a Nova Roma/RS
Esse trajeto veio como dica do usuário kbça do Fórum M@D (link aí no lado direito).
É uma estradinha de serra por entre florestas aparentemente intocadas, minha combinação favorita. Muitas curvas fechadas, muita mata, uma cachoeira ao pé da estrada e uma ponte antiga de ferro sensacional completam o pacote.
Se for adiante de Nova Roma, a estrada até Antônio Prado é de terra e bem pedregosa. Dá para passar (passei com a BMW F800R sem grandes dramas), mas não é exatamente o tipo de estrada que recomendo aqui no blog. Então, se você também é do tipo do asfalto, pode pensar em ir e voltar pela mesma estrada.
A cidade de Nova Roma se apregoa como destino de aventura, pelo que vi. Então deve ter bastante trilhas na mata, cachoeiras e atividades outdoor por lá. Talvez valha uma diária num fim de semana para quem mora perto. Se for adiante, Antônio Prado se diz "a cidade mais italiana do Brasil". Será que é mesmo? A arquitetura das casas antigas no centrinho é bem típica. Infelizmente eu estava só de passagem. Mas deu vontade de voltar outra hora.
É uma estradinha de serra por entre florestas aparentemente intocadas, minha combinação favorita. Muitas curvas fechadas, muita mata, uma cachoeira ao pé da estrada e uma ponte antiga de ferro sensacional completam o pacote.
Se for adiante de Nova Roma, a estrada até Antônio Prado é de terra e bem pedregosa. Dá para passar (passei com a BMW F800R sem grandes dramas), mas não é exatamente o tipo de estrada que recomendo aqui no blog. Então, se você também é do tipo do asfalto, pode pensar em ir e voltar pela mesma estrada.
A cidade de Nova Roma se apregoa como destino de aventura, pelo que vi. Então deve ter bastante trilhas na mata, cachoeiras e atividades outdoor por lá. Talvez valha uma diária num fim de semana para quem mora perto. Se for adiante, Antônio Prado se diz "a cidade mais italiana do Brasil". Será que é mesmo? A arquitetura das casas antigas no centrinho é bem típica. Infelizmente eu estava só de passagem. Mas deu vontade de voltar outra hora.
Se resolver encarar, a estrada de terra é assim...
E se chega a... (me arrependi de não ter tirado fotos do centro)
Ah, quase esqueci de falar, se subir de Porto Alegre ou região do Vale dos Sinos, de São Vendelino para diante já começa a ficar bem legal, com curvinhas gostosas na subida até Farroupilha. Mas até esse ponto é aquele porre de estrada duplicada, cheia de radar de 80 km/h e sem graça.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Roteiro 19 - Rodovia Osvaldo Cruz (Ubatuba a Taubaté)
De Ubatuba a Taubaté (SP)
Mais uma bela subida de serra para minha lista de viagens a fazer. Assim como o trecho de Paraty a Guaratinguetá, essa estrada liga o litoral paulista ao planalto, passando por muita mata atlântica e com muitas curvas desafiadoras.
Eu recomendo juntar os roteiros 18 e 19 numa viagem só. Desce por uma estrada (Guaratinguetá a Paraty) e sobe de volta pela outra (Ubatuba a Taubaté). Prazer em dobro!
Mais uma bela subida de serra para minha lista de viagens a fazer. Assim como o trecho de Paraty a Guaratinguetá, essa estrada liga o litoral paulista ao planalto, passando por muita mata atlântica e com muitas curvas desafiadoras.
A primeira parte, logo depois de Ubatuba é um trecho de subida de serra muito antigo, com curvas em cotovelo e inclinação forte. Todo em meio à mata fechada, é lindo.
Depois desse trecho de subida íngreme, a estrada passa a transitar pelo planalto paulista. Bom asfalto e curvas deliciosas de média-alta até Taubaté.
Roteiro 18 - Descida de Cunha (SP)
De Guaratinguetá (SP) a Paraty (RJ)
Esse trecho é fantástico e deveria constar na lista de todo motociclista que se preze.
A estrada é muito antiga, fazendo parte do conjunto chamado de "Estrada Real", caminhos que ligavam o interior de MG às cidades litorâneas por onde escoava a produção brasileira nos tempos de império. Recentemente foi finalizada a pavimentação em toda sua extensão, de modo que motociclistas de motos mais "do asfalto" podem aproveitar melhor.
O trajeto liga a Rodovia Presidente Dutra em Guaratinguetá (SP) à cidade de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. No meio do caminho há a cidade de Cunha, que se apregoa "A capital do Fusca".
É um trajeto de serra, com pelo menos quatro trechos distintos. De Guaratinguetá a Cunha é um motódromo. Asfalto excelente, faixas duplas e curvas de média-alta para deitar a moto com gosto. Depois de Cunha as curvas ficam mais fechadas ainda, e tem menos faixas duplas. Mas o visual vai melhorando!
Depois se entra no Parque, e aí o piso é de bloquete e a velocidade é reduzida. Trecho de pura mata atlântica, lindíssimo. Depois do Parque a estrada vira quase um "caminho de burro", bem estreita e sem sinalização, mas ainda asfaltada. Nada que assuste, dá para passar tranquilo.
Esse trecho é fantástico e deveria constar na lista de todo motociclista que se preze.
A estrada é muito antiga, fazendo parte do conjunto chamado de "Estrada Real", caminhos que ligavam o interior de MG às cidades litorâneas por onde escoava a produção brasileira nos tempos de império. Recentemente foi finalizada a pavimentação em toda sua extensão, de modo que motociclistas de motos mais "do asfalto" podem aproveitar melhor.
O trajeto liga a Rodovia Presidente Dutra em Guaratinguetá (SP) à cidade de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. No meio do caminho há a cidade de Cunha, que se apregoa "A capital do Fusca".
É um trajeto de serra, com pelo menos quatro trechos distintos. De Guaratinguetá a Cunha é um motódromo. Asfalto excelente, faixas duplas e curvas de média-alta para deitar a moto com gosto. Depois de Cunha as curvas ficam mais fechadas ainda, e tem menos faixas duplas. Mas o visual vai melhorando!
Depois se entra no Parque, e aí o piso é de bloquete e a velocidade é reduzida. Trecho de pura mata atlântica, lindíssimo. Depois do Parque a estrada vira quase um "caminho de burro", bem estreita e sem sinalização, mas ainda asfaltada. Nada que assuste, dá para passar tranquilo.
Roteiro 17 - Serra da Macaca
De São Miguel Arcanjo a Registro (SP)
Esta é uma estrada foi inaugurada em 2014 e cruza o Parque Estadual Carlos Botelho. A estrada (dentro do parque) tem piso de bloquete, é cheia de curvas e o segue o tempo todo entre a mata. A velocidade limitada em todo o trecho do parque, então é um passeio que vale muito pelo visual e não pela pilotagem. Isso não é defeito, é característica. A serra do Rio do Rastro, que é o passeio número 1 no Brasil para qualquer motociclista, também tem essa mesma característica.
Essa estrada é praticamente paralela à Cabeça da Anta, de repente quem more na região ou em São Paulo pode fazer um passeio indo por uma e voltando por outra. Para os que moram longe feito eu, é uma de cada vez, encaixada no trajeto de ida ou de volta do sul.
Esta é uma estrada foi inaugurada em 2014 e cruza o Parque Estadual Carlos Botelho. A estrada (dentro do parque) tem piso de bloquete, é cheia de curvas e o segue o tempo todo entre a mata. A velocidade limitada em todo o trecho do parque, então é um passeio que vale muito pelo visual e não pela pilotagem. Isso não é defeito, é característica. A serra do Rio do Rastro, que é o passeio número 1 no Brasil para qualquer motociclista, também tem essa mesma característica.
Essa estrada é praticamente paralela à Cabeça da Anta, de repente quem more na região ou em São Paulo pode fazer um passeio indo por uma e voltando por outra. Para os que moram longe feito eu, é uma de cada vez, encaixada no trajeto de ida ou de volta do sul.
Roteiro 16 - BR-282
De São José a Lages (SC)
Essa é uma estrada que muitos parceiros do mundo das viagens de moto me recomendaram bastante, e que realmente é uma delícia.
Essa é uma estrada que muitos parceiros do mundo das viagens de moto me recomendaram bastante, e que realmente é uma delícia.
Apresenta uma subida de serra que me parece uma das melhores do Brasil para se andar de moto, indo desde o entorno de Florianópolis até a cidade de Lages, já nos campos de cima da serra. São curvas e mais curvas de média e alta velocidade em meio aquela paisagem linda dos campos de serra catarinenses.
Eu fiz roteiro um pouco diferente desse. Leandro Alves, amigo motociclista lá de Jaguaruna (SC) me disse que a melhor parte dessa subida é até Bom Retiro, e depois desse ponto a estrada fica um pouco mais reta. A sugestão dele foi enveredar deste ponto para Urubici e dali para a Serra do Rio do Rastro.
A vantagem é que a estrada que vai da BR-282, passa por Urubici e chega até a Serra do Rio do Rastro é igualmente linda e deliciosa de percorrer. Curvas, curvas e mais curvas, e paisagens bonitas!