Saímos de Lages às 7:30. Pela primeira vez na viagem eu iniciei o dia pilotando. É que o trecho de Lages a Vacaria é pura reta, e eu queria que Marcelo Castro pudesse curtir as curvas da Serra Gaúcha. A previsão de tempo indicava chuva de Vacaria a Porto Alegre, o que era bem desanimante, pois ia atrapalhar a parte mais divertida do dia. Mas, fazer o quê? Chuva em viagem é contingência.
O primeiro trecho foi bem tranquilo. Eu gosto muito do visual dessa região de SC! E por ser final de semana a BR-116 estava com poucos carros e quase nenhum caminhão, muito bom para desenvolver um bom ritmo de viagem.
Como em todas as outras viagens fiz uma parada na divisa de estado pra tirar umas fotos. Eu me emociono toda vez que entro de volta no RS. Nem sei explicar, pois já faz 25 anos que saí daqui, mas é sempre um momento especial para mim. Dá um sentimento de "tô de volta ao meu lugar". E bate saudade da minha mãe - lembro da alegria dela na minha chegada em tantas outras vindas.
Pilotei sem chuva até Ipê, um pouco depois de Vacaria, e aí passei o guidom para Marcelo. Como estava seco não colocamos as capas. Uns 20km depois apareceu a chuva prometida. Paramos no meio do nada para colocar aquela plasticama toda. Aí deu 10 minutos e a chuva parou. Como a previsão de tempo era ruim para o dia todo, não tiramos as capas. Só que a chuva prometida não veio e o calor começou a incomodar. Tivemos que parar para retirar as capas logo depois de Caxias, porque não dava mais para aguentar o calor.
Marcelo se divertiu com as curvas em toda a RS-122 até Caxias, e depois as da BR-116 até a Tenda do Umbu. Cada curvinha deliciosa! Eu fui curtindo na garupa - descobri que isso também tem sua graça! Sem a tensão de acertar a pilotagem (tangência, inclinação, contra-esterço) fica só a diversão da inclinação, ajustar a posição do corpo, se aproximar do asfalto... bem legal.
Da Tenda até Porto Alegre eu voltei à pilotagem, porque conheço o caminho até o apartamento do meu pai. Mas ainda assim comi mosca e perdi a entrada pela Av. Farrapos. Tivemos que ir até o centro da cidade e voltar, mas serviu meio de city-tour. Parece bobagem mas foi legal passar pelo túnel da Conceição, a Osvaldo Aranha, a Protásio Alves. Fazia já um ano, sempre muda uma coisa ou outra. Mas o legal é ver o que permanece, a sensação de estar de volta.
Roteiro do dia:
Uma divisa sempre emocionante. Estou de volta.
That´s we on the tape!
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