Roteiro da ida: 2401 km com paradas em Caxambu/MG, Registro/SP e Lages/SC
Roteiro da volta: 2394 km com paradas em Joinville/SC, Itu/SP e Itaipava/RJ
Motocicleta: BMW F800R 2013
Odômetro inicial: 21991
Odômetro final: 26880
Distâncias e tempo:
Dias de pilotagem: 8 dias (4 na ida, 4 na volta)
Distância total percorrida: 4889 km
Distância média diária: 611 km
Tempo de pilotagem por dia: 10 a 11 horas
Combustível:
Custo em combustível: R$ 943,70
Consumo total: 221 litros de gasolina
Consumo médio: 22,12 km/l
Preço médio da gasolina: R$ 4,26
Maior preço da gasolina: R$ 4,80 (RJ)
Menor preço da gasolina: R$ 3,90 (SC)
Hospedagem:
Custo total em hotel: R$ 975,64
Diárias de hotel: 6
Preço médio das diárias: R$ 162,61
Maior preço de diária: R$ 184,76 (Itatiaia/RJ)
Menor preço de diária: R$ 145,00 (Registro/SP)
Alimentação e outras bobagens:
Custo total: R$ 944,00
Custo total na ida: R$ 383,00
custo total na volta: R$ 560,00
Equipamentos na moto e eletrônicos:
- Bagageiro SW-Motech específico para F800R
- Bauleto Givi 46 litros
- Bolsa interna para o Bauleto com 42 litros
- Mala tanque Givi expansível
- Tomada 5V com 2 saídas USB no guidom
- Suporte para celular no guidom
- Conjunto de intercomunicadores Netphone V6
- Celulares com Google Maps e Booking
- Carregador de tomada com 4 saídas USB
- Elástico aranha
Ferramentas:
- Canivete de chaves Torx
- Canivete de chaves Allen
- Canivete múltiplo
- Scanner GS-911
- Chave de boca variável
- Mão de força pequena
- Soquetes 22 e 24 mm
- Tubo spray para conserto de pneus Motul
- 1 lâmpada farol reserva
- 1 lâmpada de freio reserva
Equipamentos piloto (eu):
- Capacete Zeus 813A
- Conjunto de macacão de couro 2 peças Texx
- Blusa 2a pele manga longa
- Bermuda para ciclismo com gel
- Luvas de couro cano longo Apex
- Botas para motociclismo Race Tech
- Conjunto de capa de chuva Pioneira com polainas
- Luvas de látex de serviços gerais (para sobrepor na chuva)
Equipamentos piloto 2 (meu filho):
- Capacete HJC CL-ST
- Jaqueta de Cordura ventilada Furious
- Calça de Cordura impermeável Ixon Climber
- Blusa 2a pele manga longa
- Bermuda para ciclismo com gel
- Luvas de couro cano longo Apex
- Botas para motociclismo Rafale
- Conjunto de capa de chuva Alba com polainas
- Luvas de látex de serviços gerais
Generalidades:
- Por preferência pessoal não economizei em hotel e alimentação. Escolhi hotéis o mais confortáveis possível com diária perto de R$ 150,00. Depois de 10 ou 11 horas sobre uma moto, enfrentando calor e/ou chuva, tudo que eu quero é um bom banho, uma cama confortável e boa comida.
- Todos os hotéis foram reservados pelo www.booking.com no mesmo dia usando o app deles no celular em alguma parada durante o trajeto.
- Quanto a restaurantes, no meio da estrada era na base do que aparecia na frente. À noite a gente compensava comendo bem de verdade. Os restaurantes do retorno foram mais sofisticados (restaurantes dos próprios hotéis em duas noites).
- Não tivemos qualquer defeito na moto em toda a viagem. Nem um pneu furado sequer.
- Um dos intercomunicadores Netphone V6 pifou no 2o dia e foi trocado em garantia pelo vendedor durante minha estadia em Porto Alegre. Na volta os dois funcionaram perfeitamente o tempo todo. Esses aparelhinhos revolucionam a experiência de andar de moto, permitindo conversa contínua entre piloto e garupa ou mesmo entre duas moto. Não viajo mais sem eles.
- Como a moto não deu defeito algum, não foi necessário utilizar qualquer das ferramentas, o scanner ou as lâmpadas de reserva. Mas eu gosto de estar preparado para pequenas contingências.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
4a Viagem Vitória a Porto Alegre - volta, dia 4
Tem uma música gaúcha já clássica que diz que "quando é tempo de tosquia
já clareia o dia com outro sabor". Nas viagens o último dia também é
assim, mas de um jeito ruim - bate uma vontade de chegar logo, o cansaço
se manifesta mais cedo, as dores parecem maiores que nos dias
anteriores. E aí fica um grande desafio a gente não abusar da velocidade
ou perder a atenção na pilotagem, ou ainda, não curtir direito a
motocada.
Eu tento dar jeito nisso colocando umas estradinhas interessantes nesse dia também, para que além de apenas ir para casa a gente tenha ainda o que aproveitar do trajeto. Hoje tivemos no cardápio três trechinhos legais em sequência - de Petrópolis a Teresópolis (chamada Rota Romântica), de Teresópolis a Nova Friburgo (estrada Tere-Fri) e o trecho de Friburgo a Cordeiro, todos no alto da Serra Carioca.
Saímos de Itaipava ainda com uma neblinazinha de serra pelo ar. Passadas as encrencas do trecho urbano, a Rota Romântica se mostrou maravilhosa! Eu tinha passado nela no sentido contrário em outra viagem, e hoje, com Marcelo curtindo a pilotagem, eu pude apreciar mais da vista espetacular. A estrada corre o tempo todo pelo topo de serra entre as duas cidades, descortinando aqui e ali visuais muito legais dos vales abaixo. Enquanto eu olhava para todos os lados, Marcelo se divertia com as muitas curvas, também deliciosas!
O trecho seguinte, entre Teresópolis e Nova Friburgo, não tem um visual tão estonteante, mas tem melhor asfalto e boas curvas. Marcelo pilotou esse trecho também. Mas é no trecho depois de Friburgo que a motocada fica de responsa! A estrada fica mais larga, com menos movimento, e as curvas são de média-alta, do tipo que dá mais prazer numa moto como a minha! Eu estava pilotando e me diverti muito deitando a moto de um lado e de outro!
Depois de Cordeiro nós pegamos uma estrada passando em Euclidelândia e Itaocara. Foi uma má escolha minha, era melhor ter seguido pela BR-492 até perto de São Fidélis. A estrada não estava grande coisa, muitos buracos, comunidadezinhas, quebra-molas e praticamente nenhum visual relevante. De Itaocara fomos para Santo Antônio de Pádua pela BR-116 - essa em ótimo estado. Chegamos em Pádua e mal tínhamos acabado de abastecer caiu uma chuvarada. Dava para ver pelo céu que não ia durar, então ficamos no posto mesmo esperando a chuva passar. Levou uns 30 minutos, mas quando passou não voltou mais. Pelo contrário, abriu um baita sol em todo o resto da viagem.
Faltavam apenas 300km, então não teve mais jeito, entramos em modo "go home". Marcelo e eu apenas cuidamos de pilotar com atenção e sem fazer merda. É geralmente na saída ou na chegada que acontecem os acidentes e nenhum de nós queria nada sequer parecido. Viemos "pianinho" até chegar em casa.
No total, entre ida e volta nessa viagem percorremos 4890 km de moto. Foram 2401 indo, outro tanto voltando e um tanto de trajeto lá em POA. Foram muitas estradas legais, muitas paisagens bonitas, muitos lugarzinhos peculiares e muitas histórias para lembrar e contar!
Roteiro do último dia:
Rota Romântica de cima da moto!
Paisagem da região perto de Pádua - planícies do norte do Rio de Janeiro.
Essa ponte foi a última divisa de estado da viagem! De volta ao ES!
A primeira cidade capixaba do caminho - Apiacá.
Paisagens capixabas!
Home, home again! Cansados e felizes! Quase 5000 km de muita estrada e diversão.
Eu tento dar jeito nisso colocando umas estradinhas interessantes nesse dia também, para que além de apenas ir para casa a gente tenha ainda o que aproveitar do trajeto. Hoje tivemos no cardápio três trechinhos legais em sequência - de Petrópolis a Teresópolis (chamada Rota Romântica), de Teresópolis a Nova Friburgo (estrada Tere-Fri) e o trecho de Friburgo a Cordeiro, todos no alto da Serra Carioca.
Saímos de Itaipava ainda com uma neblinazinha de serra pelo ar. Passadas as encrencas do trecho urbano, a Rota Romântica se mostrou maravilhosa! Eu tinha passado nela no sentido contrário em outra viagem, e hoje, com Marcelo curtindo a pilotagem, eu pude apreciar mais da vista espetacular. A estrada corre o tempo todo pelo topo de serra entre as duas cidades, descortinando aqui e ali visuais muito legais dos vales abaixo. Enquanto eu olhava para todos os lados, Marcelo se divertia com as muitas curvas, também deliciosas!
O trecho seguinte, entre Teresópolis e Nova Friburgo, não tem um visual tão estonteante, mas tem melhor asfalto e boas curvas. Marcelo pilotou esse trecho também. Mas é no trecho depois de Friburgo que a motocada fica de responsa! A estrada fica mais larga, com menos movimento, e as curvas são de média-alta, do tipo que dá mais prazer numa moto como a minha! Eu estava pilotando e me diverti muito deitando a moto de um lado e de outro!
Depois de Cordeiro nós pegamos uma estrada passando em Euclidelândia e Itaocara. Foi uma má escolha minha, era melhor ter seguido pela BR-492 até perto de São Fidélis. A estrada não estava grande coisa, muitos buracos, comunidadezinhas, quebra-molas e praticamente nenhum visual relevante. De Itaocara fomos para Santo Antônio de Pádua pela BR-116 - essa em ótimo estado. Chegamos em Pádua e mal tínhamos acabado de abastecer caiu uma chuvarada. Dava para ver pelo céu que não ia durar, então ficamos no posto mesmo esperando a chuva passar. Levou uns 30 minutos, mas quando passou não voltou mais. Pelo contrário, abriu um baita sol em todo o resto da viagem.
Faltavam apenas 300km, então não teve mais jeito, entramos em modo "go home". Marcelo e eu apenas cuidamos de pilotar com atenção e sem fazer merda. É geralmente na saída ou na chegada que acontecem os acidentes e nenhum de nós queria nada sequer parecido. Viemos "pianinho" até chegar em casa.
No total, entre ida e volta nessa viagem percorremos 4890 km de moto. Foram 2401 indo, outro tanto voltando e um tanto de trajeto lá em POA. Foram muitas estradas legais, muitas paisagens bonitas, muitos lugarzinhos peculiares e muitas histórias para lembrar e contar!
Roteiro do último dia:
Rota Romântica de cima da moto!
Paisagem da região perto de Pádua - planícies do norte do Rio de Janeiro.
Essa ponte foi a última divisa de estado da viagem! De volta ao ES!
A primeira cidade capixaba do caminho - Apiacá.
Paisagens capixabas!
Home, home again! Cansados e felizes! Quase 5000 km de muita estrada e diversão.
4a Viagem Vitória a Porto Alegre - volta, dia 3
Que dia! Nunca foi tão bom a previsão do tempo estar toda errada!
Ontem, quando estávamos planejando os trajetos do dia seguinte, todas as cidades que olhávamos no caminho estavam com previsão de chuva. Algumas davam até 100% de probabilidade. Com isso eu propus sairmos já com as capas todas. Como ainda não estava chovendo, Marcelo foi contrário, e eu acabei por seguir a ideia dele. Ainda bem, pois não choveu uma gota sequer em todo o caminho!
Antes de pegar a estrada fomos tirar fotos numa praça de Itu que tem umas esculturas gigantes para confirmar que a gente um dia esteve aqui, e só depois saímos para um dos objetivos dessa viagem - a Estrada dos Romeiros. É uma estradinha de pista simples muito antiga que na maior parte do tempo vai margeando o Rio Tietê. Dizem ter aproveitado o trajeto de caminhos dos Bandeirantes.
Essa estrada tem fama entre motociclistas paulistas por ter montes de curvas bem fechadas. E a fama é coerente com a realidade. Curvas e mais curvas de todos os raios imagináveis. Até algumas "multi-raio", que começam de um jeito e terminam de outro.
O Rio Tietê ao lado da estrada vez por outra traz paisagens legais, mas se olhar direito logo se vê a poluição. É triste como emporcalhamos sem o menor respeito o nosso ambiente! É lixo pra caramba, sem falar daquelas espumas nojentas que aparecem depois de toda corredeira.
Atravessamos depois a grande Sampa pelas marginais e nos surpreendemos por uma proibição esquisita - motos não podem transitar na pista expressa. Com isso tivemos bem mais trabalho de navegação para apenas nos mantermos no caminho. De repente a gente se viu numa alça de acesso para a estrada errada. Entramos na Anhanguera sem querer e tivemos que achar um retorno. Xarope e sem sentido essa proibição.
Pegamos o sistema Ayrton Senna / Carvalho Pinto / Dutra até Seropédica. Essas mega-estradas são boas para quem está de carro ou com pressa, mas para mim são totalmente sem graça. Não tem curvas e não tem visual relevante! De bom só a segurança e a velocidade que permitem manter.
Pegamos em Seropédica outro dos objetivos - a Estrada de Miguel Pereira. Essa sim, deliciosa e linda! Mais uma para minha lista de grandes motocadas. Quando começa a subir a serra fica deslumbrante! Sobe, sobe, sobe! E abre cada visual do vale abaixo! Sensacional! Ponto alto do dia, melhor até que a Estrada dos Romeiros!
Paramos em Miguel Pereira às 17h para decidir o destino final do dia e reservar um hotel. Decidimos manter Itaipava como destino. Nos perdemos um pouco pelos caminhos ao sair de Miguel Pereira para RJ-125, mas chegamos às 19h, antes de escurecer.
Encontramos pelo Booking um hotel muito interessante - Hotel Castelo Itaipava. É um castelo de verdade, construído nos anos 20 do século passado pelo Barão de Vasconcelos. Todo decorado a caráter, abriga desde 2008 eventos como o casamento da Debora Secco, tem dois restaurantes e abriu como hotel em 2015. Visual desconcertante por dentro e por fora! Muito legal conhecer!
Não cheguei a calcular quanto andamos hoje. Acho que nem chegou a 600 km, mas como tivemos estradinhas lentas como a Romeiros e essa de Miguel Pereira, levamos mais de 10h na estrada. Nada que incomode, faz parte.
Roteiro do dia:
Vir a Itu e não tirar fotos das esculturas gigantes seria imperdoável. Então taí!
Estrada dos Romeiros.
O pobre Rio Tietê, majestoso e poluidíssimo. Acompanha quase todo o trajeto da Estrada dos Romeiros.
Parada para descanso na Ayrton Senna. Ou será que essa foto foi na Dutra? Paramos nessa rede de lanchonete nas duas estradas!
O lindo Hotel Castelo que ficamos em Itaipava! Baita surpresa que o Booking nos deu!
Ontem, quando estávamos planejando os trajetos do dia seguinte, todas as cidades que olhávamos no caminho estavam com previsão de chuva. Algumas davam até 100% de probabilidade. Com isso eu propus sairmos já com as capas todas. Como ainda não estava chovendo, Marcelo foi contrário, e eu acabei por seguir a ideia dele. Ainda bem, pois não choveu uma gota sequer em todo o caminho!
Antes de pegar a estrada fomos tirar fotos numa praça de Itu que tem umas esculturas gigantes para confirmar que a gente um dia esteve aqui, e só depois saímos para um dos objetivos dessa viagem - a Estrada dos Romeiros. É uma estradinha de pista simples muito antiga que na maior parte do tempo vai margeando o Rio Tietê. Dizem ter aproveitado o trajeto de caminhos dos Bandeirantes.
Essa estrada tem fama entre motociclistas paulistas por ter montes de curvas bem fechadas. E a fama é coerente com a realidade. Curvas e mais curvas de todos os raios imagináveis. Até algumas "multi-raio", que começam de um jeito e terminam de outro.
O Rio Tietê ao lado da estrada vez por outra traz paisagens legais, mas se olhar direito logo se vê a poluição. É triste como emporcalhamos sem o menor respeito o nosso ambiente! É lixo pra caramba, sem falar daquelas espumas nojentas que aparecem depois de toda corredeira.
Atravessamos depois a grande Sampa pelas marginais e nos surpreendemos por uma proibição esquisita - motos não podem transitar na pista expressa. Com isso tivemos bem mais trabalho de navegação para apenas nos mantermos no caminho. De repente a gente se viu numa alça de acesso para a estrada errada. Entramos na Anhanguera sem querer e tivemos que achar um retorno. Xarope e sem sentido essa proibição.
Pegamos o sistema Ayrton Senna / Carvalho Pinto / Dutra até Seropédica. Essas mega-estradas são boas para quem está de carro ou com pressa, mas para mim são totalmente sem graça. Não tem curvas e não tem visual relevante! De bom só a segurança e a velocidade que permitem manter.
Pegamos em Seropédica outro dos objetivos - a Estrada de Miguel Pereira. Essa sim, deliciosa e linda! Mais uma para minha lista de grandes motocadas. Quando começa a subir a serra fica deslumbrante! Sobe, sobe, sobe! E abre cada visual do vale abaixo! Sensacional! Ponto alto do dia, melhor até que a Estrada dos Romeiros!
Paramos em Miguel Pereira às 17h para decidir o destino final do dia e reservar um hotel. Decidimos manter Itaipava como destino. Nos perdemos um pouco pelos caminhos ao sair de Miguel Pereira para RJ-125, mas chegamos às 19h, antes de escurecer.
Encontramos pelo Booking um hotel muito interessante - Hotel Castelo Itaipava. É um castelo de verdade, construído nos anos 20 do século passado pelo Barão de Vasconcelos. Todo decorado a caráter, abriga desde 2008 eventos como o casamento da Debora Secco, tem dois restaurantes e abriu como hotel em 2015. Visual desconcertante por dentro e por fora! Muito legal conhecer!
Não cheguei a calcular quanto andamos hoje. Acho que nem chegou a 600 km, mas como tivemos estradinhas lentas como a Romeiros e essa de Miguel Pereira, levamos mais de 10h na estrada. Nada que incomode, faz parte.
Roteiro do dia:
Vir a Itu e não tirar fotos das esculturas gigantes seria imperdoável. Então taí!
Estrada dos Romeiros.
O pobre Rio Tietê, majestoso e poluidíssimo. Acompanha quase todo o trajeto da Estrada dos Romeiros.
Parada para descanso na Ayrton Senna. Ou será que essa foto foi na Dutra? Paramos nessa rede de lanchonete nas duas estradas!
O lindo Hotel Castelo que ficamos em Itaipava! Baita surpresa que o Booking nos deu!
4a Viagem Vitória a Porto Alegre - volta, dia 2
A previsão era de chuva em trechos do percurso, mais certamente à tarde.
E ela não falhou - choveu bastante a partir do meio dia, tornando os
trechos que eram para ser os melhores nos mais tensos. Mas pilotamos com
cuidado e sem pressa e chegamos a Itu/SP cansados mas sem nenhum problema.
Saímos dessa vez um pouquinho mais tarde, 8h. Pura preguiça de acordar às 6h em ponto. O tempo em Joinville estava nubladão mas não chovia. Decidimos abortar a proposta de subir a Serra de Dona Francisca e subir direto a BR-376 porque já tínhamos feito a parte legal da serrinha na vinda e com a previsão de chuva era melhor estar numa estrada duplicada que numa estradinha de pista simples.
O tráfego estava pesado na BR-101, com muitos carros nos dois sentidos. O tempo até deu uma melhorada e um solzinho apareceu em alguns trechos. Mas o que surpreendeu foi um tremendo frio - só 16 graus em meio de janeiro? Tivemos que parar para Marcelo colocar outra blusa e proteger as mãos, porque estava gelado mesmo. E esse frio permaneceu um bom tempo, só foi melhorar depois da gente sair do Paraná.
Almoçamos perto de Registro/SP no Petropen, uma mega-lanchonete que me traz muitas lembranças. Era nela que os ônibus da Viação Penha paravam quando eu viajava de Porto Alegre para Vitória para ver Márcia nos tempos de nosso namoro, lá no final dos anos 80. Apesar de ter trocado de dono há alguns anos, a lanchonete continua bem parecida com o que era. A qualidade dos produtos ainda é excelente, e os preços continuam altos. Naquela época de grana contada isso me fazia escolher entre uma coxinha ou uma fatia de pizza, mas hoje as coisas estão bem melhores e a gente almoçou uns baita bifões. Deliciosos.
No almoço decidimos manter nosso roteiro original, subindo a Serra da Macaca e parando em Itu. Havia a hipótese de seguir pela Régis Bittencourt até São Paulo se estivesse chovendo. Mas apesar de termos pegado uma chuvinha pouco depois de Curitiba, já há um bom tempo estava seco e parecia que poderia ficar assim.
Infelizmente o tempo seco não durou. Pouco depois de entrar na estrada da Serra da Macaca a chuva reapareceu. Paramos para colocar as capas todas num ponto de ônibus no meio do nada. É sempre um porre colocar as capas, e é um porre maior ainda pilotar com elas. Dá um calor infernal e tudo fica bem desconfortável. Mas é melhor que todo ensopado, então...
Marcelo pilotou toda a Serra da Macaca mas nem pode curtir direito, porque chuvinha e curvas super fechadas não são a melhor combinação para o piloto. Mas eu, que estava na garupa, curti bastante atravessar mais uma vez essa estrada-parque. É linda! Pura mata atlântica para todo lado!
Depois da serrinha só seguimos o roteiro pelas estradas do interior de SP até chegar em Itu. Teve um trecho de asfalto ruinzinho até Salto do Pirapora, mas daí para frente foram só aquelas mega-estradas paulistas. Tomamos ainda uma baita chuvada nesse trecho, mas chegamos ao hotel numa boa.
Roteiro do dia:
No estacionamento do hotel, prontos para partir!
Parada para colocar mais roupa! Só 16 graus no meio do verão, que é isso?
Anel viário de Curitiba. Última foto com esse visual sulista.
Entrada da Serra da Macaca, pouco depois de Registro. Superfície lunar...
Parada para colocar as capas todas.
Serra da Macaca, trecho dentro do Parque Estadual Carlos Botelho. Lindíssima!
Portal do Parque Estadual Carlos Botelho.
Saímos dessa vez um pouquinho mais tarde, 8h. Pura preguiça de acordar às 6h em ponto. O tempo em Joinville estava nubladão mas não chovia. Decidimos abortar a proposta de subir a Serra de Dona Francisca e subir direto a BR-376 porque já tínhamos feito a parte legal da serrinha na vinda e com a previsão de chuva era melhor estar numa estrada duplicada que numa estradinha de pista simples.
O tráfego estava pesado na BR-101, com muitos carros nos dois sentidos. O tempo até deu uma melhorada e um solzinho apareceu em alguns trechos. Mas o que surpreendeu foi um tremendo frio - só 16 graus em meio de janeiro? Tivemos que parar para Marcelo colocar outra blusa e proteger as mãos, porque estava gelado mesmo. E esse frio permaneceu um bom tempo, só foi melhorar depois da gente sair do Paraná.
Almoçamos perto de Registro/SP no Petropen, uma mega-lanchonete que me traz muitas lembranças. Era nela que os ônibus da Viação Penha paravam quando eu viajava de Porto Alegre para Vitória para ver Márcia nos tempos de nosso namoro, lá no final dos anos 80. Apesar de ter trocado de dono há alguns anos, a lanchonete continua bem parecida com o que era. A qualidade dos produtos ainda é excelente, e os preços continuam altos. Naquela época de grana contada isso me fazia escolher entre uma coxinha ou uma fatia de pizza, mas hoje as coisas estão bem melhores e a gente almoçou uns baita bifões. Deliciosos.
No almoço decidimos manter nosso roteiro original, subindo a Serra da Macaca e parando em Itu. Havia a hipótese de seguir pela Régis Bittencourt até São Paulo se estivesse chovendo. Mas apesar de termos pegado uma chuvinha pouco depois de Curitiba, já há um bom tempo estava seco e parecia que poderia ficar assim.
Infelizmente o tempo seco não durou. Pouco depois de entrar na estrada da Serra da Macaca a chuva reapareceu. Paramos para colocar as capas todas num ponto de ônibus no meio do nada. É sempre um porre colocar as capas, e é um porre maior ainda pilotar com elas. Dá um calor infernal e tudo fica bem desconfortável. Mas é melhor que todo ensopado, então...
Marcelo pilotou toda a Serra da Macaca mas nem pode curtir direito, porque chuvinha e curvas super fechadas não são a melhor combinação para o piloto. Mas eu, que estava na garupa, curti bastante atravessar mais uma vez essa estrada-parque. É linda! Pura mata atlântica para todo lado!
Depois da serrinha só seguimos o roteiro pelas estradas do interior de SP até chegar em Itu. Teve um trecho de asfalto ruinzinho até Salto do Pirapora, mas daí para frente foram só aquelas mega-estradas paulistas. Tomamos ainda uma baita chuvada nesse trecho, mas chegamos ao hotel numa boa.
Roteiro do dia:
No estacionamento do hotel, prontos para partir!
Parada para colocar mais roupa! Só 16 graus no meio do verão, que é isso?
Anel viário de Curitiba. Última foto com esse visual sulista.
Entrada da Serra da Macaca, pouco depois de Registro. Superfície lunar...
Parada para colocar as capas todas.
Serra da Macaca, trecho dentro do Parque Estadual Carlos Botelho. Lindíssima!
Portal do Parque Estadual Carlos Botelho.
4a Viagem Vitória a Porto Alegre - volta, dia 1
Um dia de vários sabores. Começou na noite anterior, que como toda noite
imediatamente antes de uma viagem de moto, foi péssima. Sempre me vêm
montes de pensamentos ruins e eu acordo mil vezes achando que já está na
hora de sair. Interessante que esses pensamentos desaparecem e não voltam mais tão
logo a viagem começa.
Saímos às 7h de POA. Decidimos ir pela BR-116 para escapar dos veranistas praianos e para Marcelo aproveitar a estrada que é deliciosamente cheia de curvas. A estrada estava super vazia - domingo, cedo, temporada de praia, nós na serra. Uma delícia!
À medida que subimos a serra um inesperado frio apareceu! Em Caxias fazia só 16 graus, bem geladinho. Tivemos que parar para Marcelo colocar uma outra blusa por baixo, porque a jaqueta ventilada dele deixa passar todo o vento. O guri tava pilotando congelado!
Mais adiante, já por Vacaria, paramos para um café quente e abastecimento. A temperatura tinha subido para uns 20 confortáveis graus com sol. Atravessamos a divisa com esse tempo bom e eu aproveitei para tirar as últimas fotos do meu RS querido enquanto Marcelo pilotava.
Hoje nossos trechos novos estavam todos em SC. Nosso roteiro entrava em Lages e descia pela BR-470 até Blumenau, para terminar em Joinville. Pegamos um pedacinho da já conhecida BR-282 mas logo saímos dela para a SC-114. Essa estradinha que conecta as duas BRs foi a surpresa do dia - está sendo toda repavimentada com concreto! E é uma camadona de uns 30cm de concreto! Excelente para rodar e acho que vai durar 100 anos. Estranho ver algo tão bom em termos de obra pública viária.
A BR-470, objetivo do dia, foi a grande decepção. Uma bosta de estrada. Piso em más condições, trânsito pesado, montes de radares de 50km/h e paisagens sem graça. Se eu tivesse uma lista de estradas para NÃO andar de moto essa estaria nela com certeza.
Aliás, impressionou o trânsito de carros pequenos nos dois sentidos das estradas da região de Blumenau e Joinville nessa tarde de domingo. Talvez seja por conta dos radares de 50km/h que fazem todo mundo agrupar, ou era movimento de retorno de verão, não sei. O que sei é que os últimos 150km de hoje foram muito xaropes por causa do tráfego pesado.
Mas no geral, foi um bom dia de viagem. Sem sustos, sem perigos, sem chuva, tudo numa boa.
Roteiro do dia:
Na saída, prontos para muita estrada!
Paisagens lindas da região de Vacaria/RS, campos de cima da serra.
Taí a ponte sobre o Rio Pelotas. Meu Rio Grande fica para trás.
Rio Pelotas.
A estrada de concreto!
Saímos às 7h de POA. Decidimos ir pela BR-116 para escapar dos veranistas praianos e para Marcelo aproveitar a estrada que é deliciosamente cheia de curvas. A estrada estava super vazia - domingo, cedo, temporada de praia, nós na serra. Uma delícia!
À medida que subimos a serra um inesperado frio apareceu! Em Caxias fazia só 16 graus, bem geladinho. Tivemos que parar para Marcelo colocar uma outra blusa por baixo, porque a jaqueta ventilada dele deixa passar todo o vento. O guri tava pilotando congelado!
Mais adiante, já por Vacaria, paramos para um café quente e abastecimento. A temperatura tinha subido para uns 20 confortáveis graus com sol. Atravessamos a divisa com esse tempo bom e eu aproveitei para tirar as últimas fotos do meu RS querido enquanto Marcelo pilotava.
Hoje nossos trechos novos estavam todos em SC. Nosso roteiro entrava em Lages e descia pela BR-470 até Blumenau, para terminar em Joinville. Pegamos um pedacinho da já conhecida BR-282 mas logo saímos dela para a SC-114. Essa estradinha que conecta as duas BRs foi a surpresa do dia - está sendo toda repavimentada com concreto! E é uma camadona de uns 30cm de concreto! Excelente para rodar e acho que vai durar 100 anos. Estranho ver algo tão bom em termos de obra pública viária.
A BR-470, objetivo do dia, foi a grande decepção. Uma bosta de estrada. Piso em más condições, trânsito pesado, montes de radares de 50km/h e paisagens sem graça. Se eu tivesse uma lista de estradas para NÃO andar de moto essa estaria nela com certeza.
Aliás, impressionou o trânsito de carros pequenos nos dois sentidos das estradas da região de Blumenau e Joinville nessa tarde de domingo. Talvez seja por conta dos radares de 50km/h que fazem todo mundo agrupar, ou era movimento de retorno de verão, não sei. O que sei é que os últimos 150km de hoje foram muito xaropes por causa do tráfego pesado.
Mas no geral, foi um bom dia de viagem. Sem sustos, sem perigos, sem chuva, tudo numa boa.
Roteiro do dia:
Na saída, prontos para muita estrada!
Paisagens lindas da região de Vacaria/RS, campos de cima da serra.
A divisa RS/SC é logo ali depois da curva...
Taí a ponte sobre o Rio Pelotas. Meu Rio Grande fica para trás.
Rio Pelotas.
A estrada de concreto!
4a Viagem Vitória a Porto Alegre - ida, dia 4
Fim de viagem! Chegamos em Porto Alegre sãos e salvos e muito satisfeitos com os 2401 km percorridos!
Saímos de Lages às 7:30. Pela primeira vez na viagem eu iniciei o dia pilotando. É que o trecho de Lages a Vacaria é pura reta, e eu queria que Marcelo Castro pudesse curtir as curvas da Serra Gaúcha. A previsão de tempo indicava chuva de Vacaria a Porto Alegre, o que era bem desanimante, pois ia atrapalhar a parte mais divertida do dia. Mas, fazer o quê? Chuva em viagem é contingência.
O primeiro trecho foi bem tranquilo. Eu gosto muito do visual dessa região de SC! E por ser final de semana a BR-116 estava com poucos carros e quase nenhum caminhão, muito bom para desenvolver um bom ritmo de viagem.
Como em todas as outras viagens fiz uma parada na divisa de estado pra tirar umas fotos. Eu me emociono toda vez que entro de volta no RS. Nem sei explicar, pois já faz 25 anos que saí daqui, mas é sempre um momento especial para mim. Dá um sentimento de "tô de volta ao meu lugar". E bate saudade da minha mãe - lembro da alegria dela na minha chegada em tantas outras vindas.
Pilotei sem chuva até Ipê, um pouco depois de Vacaria, e aí passei o guidom para Marcelo. Como estava seco não colocamos as capas. Uns 20km depois apareceu a chuva prometida. Paramos no meio do nada para colocar aquela plasticama toda. Aí deu 10 minutos e a chuva parou. Como a previsão de tempo era ruim para o dia todo, não tiramos as capas. Só que a chuva prometida não veio e o calor começou a incomodar. Tivemos que parar para retirar as capas logo depois de Caxias, porque não dava mais para aguentar o calor.
Marcelo se divertiu com as curvas em toda a RS-122 até Caxias, e depois as da BR-116 até a Tenda do Umbu. Cada curvinha deliciosa! Eu fui curtindo na garupa - descobri que isso também tem sua graça! Sem a tensão de acertar a pilotagem (tangência, inclinação, contra-esterço) fica só a diversão da inclinação, ajustar a posição do corpo, se aproximar do asfalto... bem legal.
Da Tenda até Porto Alegre eu voltei à pilotagem, porque conheço o caminho até o apartamento do meu pai. Mas ainda assim comi mosca e perdi a entrada pela Av. Farrapos. Tivemos que ir até o centro da cidade e voltar, mas serviu meio de city-tour. Parece bobagem mas foi legal passar pelo túnel da Conceição, a Osvaldo Aranha, a Protásio Alves. Fazia já um ano, sempre muda uma coisa ou outra. Mas o legal é ver o que permanece, a sensação de estar de volta.
Roteiro do dia:
Uma divisa sempre emocionante. Estou de volta.
BR-116 na Serra gaúcha, Marcelo pilotando nas curvinhas!
That´s we on the tape!
Saímos de Lages às 7:30. Pela primeira vez na viagem eu iniciei o dia pilotando. É que o trecho de Lages a Vacaria é pura reta, e eu queria que Marcelo Castro pudesse curtir as curvas da Serra Gaúcha. A previsão de tempo indicava chuva de Vacaria a Porto Alegre, o que era bem desanimante, pois ia atrapalhar a parte mais divertida do dia. Mas, fazer o quê? Chuva em viagem é contingência.
O primeiro trecho foi bem tranquilo. Eu gosto muito do visual dessa região de SC! E por ser final de semana a BR-116 estava com poucos carros e quase nenhum caminhão, muito bom para desenvolver um bom ritmo de viagem.
Como em todas as outras viagens fiz uma parada na divisa de estado pra tirar umas fotos. Eu me emociono toda vez que entro de volta no RS. Nem sei explicar, pois já faz 25 anos que saí daqui, mas é sempre um momento especial para mim. Dá um sentimento de "tô de volta ao meu lugar". E bate saudade da minha mãe - lembro da alegria dela na minha chegada em tantas outras vindas.
Pilotei sem chuva até Ipê, um pouco depois de Vacaria, e aí passei o guidom para Marcelo. Como estava seco não colocamos as capas. Uns 20km depois apareceu a chuva prometida. Paramos no meio do nada para colocar aquela plasticama toda. Aí deu 10 minutos e a chuva parou. Como a previsão de tempo era ruim para o dia todo, não tiramos as capas. Só que a chuva prometida não veio e o calor começou a incomodar. Tivemos que parar para retirar as capas logo depois de Caxias, porque não dava mais para aguentar o calor.
Marcelo se divertiu com as curvas em toda a RS-122 até Caxias, e depois as da BR-116 até a Tenda do Umbu. Cada curvinha deliciosa! Eu fui curtindo na garupa - descobri que isso também tem sua graça! Sem a tensão de acertar a pilotagem (tangência, inclinação, contra-esterço) fica só a diversão da inclinação, ajustar a posição do corpo, se aproximar do asfalto... bem legal.
Da Tenda até Porto Alegre eu voltei à pilotagem, porque conheço o caminho até o apartamento do meu pai. Mas ainda assim comi mosca e perdi a entrada pela Av. Farrapos. Tivemos que ir até o centro da cidade e voltar, mas serviu meio de city-tour. Parece bobagem mas foi legal passar pelo túnel da Conceição, a Osvaldo Aranha, a Protásio Alves. Fazia já um ano, sempre muda uma coisa ou outra. Mas o legal é ver o que permanece, a sensação de estar de volta.
Roteiro do dia:
Uma divisa sempre emocionante. Estou de volta.
That´s we on the tape!