domingo, 14 de julho de 2019

6a viagem Vitória a Porto Alegre - ida, dia 3


Plano de viagem:

De Pedreira a Balneário Camboriú (SC), 745 km, passando pela Serra da Macaca, Régis Bittencourt e descida de Joinville.



Relato do 3o dia:

Este foi um dia foi de rodar bastante! Consegui fazer os quase 750 km do roteiro planejado em 11 horas, mas cheguei 20 minutos depois do pôr do sol. Como o trecho final era muito conhecido (BR 101 SC), não tinha dificuldade e eu não vi risco de seguir um pouco além do entardecer.

O dia começou com uma enorme dose de mega-estradas paulistas. A rede de estradas do interior paulista na região de Campinas é fenomenal, você vai de uma a outra sem passar por dentro de nenhuma cidade e sem sequer reduzir a velocidade. Só precisa ficar muito atento às placas ou ao GPS, porque é incrivelmente fácil perder um acesso e acabar na estrada errada.

Uma outra característica estranha desse sistema de mega-estradas é que tem muito poucos postos de abastecimento pelas estradas. São raros, muito raros mesmo. Fácil andar uma centena de quilômetros sem ver um deles. Creio que estejam todos dentro das cidades que a estrada evita.

Segui por essa estradeira toda debaixo de um belo sol, mas a temperatura insistia em não subir. O painel da moto mantendo 16 a 18 graus e eu esperando o sol me aquecer um pouco. Até um ponto que desisti de esperar. Parei no acostamento e vesti mais uma blusa para dar jeito no frio. É  engraçado e meio inexplicável por que a gente resiste a parar no meio das viagens para essas coisinhas simples. Eu vou levando até o máximo que der as paradinhas - banheiro, colocar roupas, colocar ou tirar capas... tudo é feito no limite do suportável.

A parte mais legal do dia foi atravessar novamente a Serra da Macaca (Parque Estadual Carlos Botelho). Essa estrada é uma das minhas preferidas. Parece ser bem antiga, a contar pelas datas que aparecem nas cabeceiras das várias pontes (1939, 1940, por aí). É uma estradinha de bloquetes que transita o tempo todo por meio da Mata Atlântica maravilhosamente preservada. Cheia de curvas bem fechadas! Não é estrada para pilotagem, é para curtição do visual. São apenas 33 km de prazer entre a mata.

Saindo do trecho do parque me surpreendi com o trecho da estrada que até Sete Barras. Na última vez que passei nesse trecho, em sentido contrário e com Marcelo pilotando, ele era a superfície da lua de tanto buraco. Mas dessa vez encontrei a estrada recapeada e perfeitinha! Aí deu pra curtir muito bem umas tantas curvinhas boas que tem lá!

Depois de Sete Barras voltei para o circuito de mega-estradonas. Rodovia Régis Bittencourt, Anel Viário de Curitiba e descida da BR-376. Todas estradonas duplicadas em que a gente só reduz velocidade nos radares - não por estar rápido, mas porque colocam radares de 60 ou 80 km/h em rodovia de 110 km/h. Essas estradonas são boas pra fazer quilometragem, mas para meu estilo de viagem são meio sem graça.

Ah, me surpreendeu a quantidade de motos grandes por todas as estradas. Passei por vários grupos grandes em sentido contrário no Anel de Curitiba e na BR-101 depois de Joinville. Também encontrei uns tantos viajantes solitários como eu ou em duplas. Vi muito mais motos que em qualquer das outras viagens que já fiz! A rapaziada aproveitou bem o feriado de Corpus Christi para rodar de moto!

Mais detalhes no vídeo:

Um comentário:

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